As dores indicam a presença de algum tipo de dano ao organismo, sendo um sinal de alerta importante para a nossa saúde física. Em alguns casos, ao invés de ser um sinal momentâneo, a dor pode persistir mesmo após a aparente resolução da lesão ou doença causadora.
A dor crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma condição debilitante que pode prejudicar a qualidade de vida. Na dor aguda temos uma resposta imediata a uma lesão que tende a desaparecer com o tempo. Já a dor crônica persiste por semanas, meses ou até anos, mesmo após a causa inicial ter sido resolvida.

O que é Dor Crônica?
A dor crônica é definida como aquela que dura mais de três meses e, muitas vezes, permanece mesmo após a lesão ou condição original ter sido curada. Pode variar em intensidade e frequência, podendo ser contínua ou intermitente. Essa condição pode afetar qualquer parte do corpo, desde as costas, articulações, cabeça até regiões internas, como órgãos.
Sintomas comuns da dor crônica
- Dor persistente ou que aparece e desaparece.
- Sensação de queimação, latejamento ou pontadas.
- Fadiga e cansaço excessivo.
- Problemas para dormir devido à dor.
- Dificuldades emocionais, como depressão ou ansiedade.
A dor crônica também pode ser classificada de acordo com a região afetada ou o tipo de dor, como dor musculoesquelética, dor neuropática, dor visceral (internamente nos órgãos) e dor referida (quando a dor é sentida em outra área do corpo que não o local real do problema).
Causas da dor crônica
Existem várias causas que podem levar ao desenvolvimento da dor crônica. Algumas das mais comuns incluem:
Lesões
A dor pode começar após uma lesão ou cirurgia, mesmo depois da cura completa. Nesse caso, o sistema nervoso pode continuar a enviar sinais de dor para o cérebro, mesmo sem a presença de dano físico.
Condições de Saúde Subjacentes
Doenças crônicas, como artrite, fibromialgia, hérnias de disco, esclerose múltipla e neuropatia diabética, são causas comuns de dor crônica. Nesses casos, a inflamação e o dano tecidual contínuo causam dor persistente.
Problemas Neurológicos
A dor neuropática é causada por danos nos nervos e pode ser o resultado de condições como diabetes, lesões da medula espinhal ou infecções. Esse tipo de dor geralmente é descrito como uma sensação de formigamento, queimação ou eletricidade.
Estresse e Problemas Emocionais
Fatores emocionais e psicológicos, como ansiedade, estresse e depressão, podem agravar ou até desencadear a dor crônica. O sistema nervoso central pode amplificar a percepção da dor, mesmo sem uma causa física aparente.
Obesidade e Sedentarismo
A obesidade pode contribuir para o desenvolvimento e agravamento da dor crônica, especialmente em regiões como as articulações, coluna e pés, devido ao peso adicional exercido sobre essas áreas. A falta de atividade física pode causar rigidez muscular e articular, piorando os sintomas de dor crônica.
Doenças Autoimunes
Condições autoimunes, como lúpus, esclerodermia e artrite reumatoide, podem causar inflamação contínua em várias partes do corpo, resultando em dor crônica, especialmente nas articulações e músculos.
O Impacto da Dor Crônica na Qualidade de Vida
A dor crônica afeta muito mais do que apenas o corpo físico. Ela pode ter um impacto devastador na saúde mental e emocional. As pessoas que sofrem de dor crônica frequentemente relatam sentir-se incapazes de realizar atividades cotidianas, o que pode levar a isolamento social, problemas no trabalho e dificuldades em manter relacionamentos.
Consequências emocionais da dor crônica
- Aumento do risco de depressão e ansiedade.
- Sensação de impotência e frustração.
- Mudanças na autoimagem e autoestima.
- Diminuição da qualidade do sono, levando à exaustão.
O impacto da dor crônica na saúde mental também pode criar um ciclo vicioso: a dor leva à ansiedade ou depressão, que, por sua vez, aumenta a percepção da dor. Por isso, é importante abordar tanto os aspectos físicos quanto psicológicos no tratamento.
Tratamentos Disponíveis para a Dor Crônica
Embora a dor crônica seja uma condição complexa, existem várias opções de tratamento que podem ajudar a controlar e reduzir os sintomas, proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida.
Dermoneuromodulação
A Dermoneuromodulação (DNM) é uma técnica de terapia manual de toque sutil que trata a dor do paciente através da estimulação da pele e dos nervos cutâneos. Ela promove o controle neurofisiológico da dor e outras funções em áreas cerebrais específicas mudando a percepção do que está acontecendo e com isso o controle dos sintomas. Não é uma simples produção de analgesia, é o sistema nervoso que muda a perspectiva do que está acontecendo, inibindo assim o sintoma da dor. Por agir no sistema nervoso, a Dermoneuromodulação também pode ajustar o tônus muscular e a regulação do estresse.
A técnica foi desenvolvida pela fisioterapeuta canadense Diane Jacobs e baseia-se na neurociência do processamento e controle da dor. A DNM é aplicada através de movimentos suaves e lentas, que ativam os receptores periféricos da pele e do tecido subcutâneo, transmitindo informações ao cérebro. A técnica pode ser aplicada a qualquer paciente com dor, independentemente da idade, sexo, condição física ou disfunção.
A dermoneuromodulação é uma técnica muito versátil que pode ser utilizada com outros tipos de tratamento e não tem contra indicação.
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Acupuntura Auricular
Acupuntura auricular pode ser eficaz no tratamento de diferentes tipos de dor crônica. A acupuntura auricular é baseada no princípio de que a orelha representa um mapa de todo o corpo humano. Ela associa pontos específicos com diferentes órgãos e sistemas do corpo. A auriculoterapia acredita que a estimulação de pontos na orelha pode influenciar a saúde geral. Cada ponto na orelha corresponde a uma parte do corpo, e ao aplicar pressão ou inserir agulhas nesses pontos, é possível tratar uma ampla variedade de condições, incluindo a dor crônica. Ao estimular pontos específicos na orelha, a técnica promove a liberação de endorfinas e outras substâncias naturais do corpo que ajudam a reduzir a percepção da dor. Além disso ela equilibra os meridianos de energia do corpo.
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Microfisioterapia
A Microfisioterapia é uma técnica de terapia manual complementar e integrativa que identifica marcas (memória celular) de eventos não eliminados pelo organismo que são causas de sintomas e disfunções. Essas marcas são registradas em nosso corpo de acordo com nossa percepção em relação as nossas experiências de vida.
Muitas situações do dia a dia como estresse, traumas, perdas, problemas familiares ou no trabalho geram emoções fortes que podem desequilibrar o funcionamento das células. A somatização desses problemas pode causar dores físicas e emocionais.
O local da manifestação de um sintoma nem sempre é a origem dele. Uma dor muscular pode não ter causa no tecido musculo esquelético e sim no tecido nervoso por exemplo. Esse é um dos princípios da técnica: a embriologia.
A Microfisioterapia tem resultados muito bons no tratamento das dores crônicas, pois busca a origem do sintoma e a causa do desequilíbrio, estimulando a autorregulação do corpo e melhorando o funcionamento do organismo.
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Terapia Física
A fisioterapia é uma parte importante do tratamento da dor crônica, especialmente para aqueles que sofrem de dor nas articulações, músculos ou coluna. Um fisioterapeuta pode trabalhar com o paciente para melhorar a força, a flexibilidade e a postura, ajudando a aliviar a dor e prevenir novas lesões.
Psicoterapia e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
A dor crônica muitas vezes está ligada a fatores emocionais. A TCC pode ajudar as pessoas a mudarem a maneira como elas percebem e reagem à dor, ensinando técnicas de enfrentamento e manejo do estresse. A psicoterapia também pode ajudar a lidar com sentimentos de ansiedade e depressão que surgem como consequência da dor contínua. A terapia ajuda no autoconhecimento e no entendimento das questões mais profundas, trabalhando o mental e emocional.
Mudança no Estilo de Vida
Manter um estilo de vida saudável é fundamental no controle da dor crônica. Práticas como a alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool e cigarro, e adotar um bom ritmo de sono são essenciais para o bem-estar.
Estratégias para Viver Melhor com Dor Crônica
Viver com dor crônica exige um compromisso diário com práticas que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Algumas estratégias incluem:
Exercício Regular
Embora a dor crônica possa desencorajar a atividade física, exercícios moderados, como caminhar, nadar ou praticar ioga, são essenciais para manter a mobilidade e fortalecer os músculos. O movimento também libera endorfinas, os “hormônios da felicidade”, que ajudam a combater a dor.
Controle do Estresse
O estresse é um grande amplificador da dor. Técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e mindfulness, podem ser eficazes para reduzir o estresse e ajudar no controle da dor.
Sono de Qualidade
A dor crônica muitas vezes interfere no sono, criando um ciclo de fadiga e aumento da dor. Estabelecer uma rotina de sono saudável, evitar cafeína e usar técnicas de relaxamento antes de dormir podem melhorar significativamente a qualidade do sono.
Apoio Social
Conversar com amigos, familiares ou participar de grupos de apoio pode ajudar a reduzir o sentimento de isolamento que frequentemente acompanha a dor crônica. Compartilhar experiências com outras pessoas que enfrentam os mesmos desafios pode ser uma fonte importante de conforto e encorajamento.
A dor crônica é uma condição desafiadora, mas com tratamentos adequados, mudanças no estilo de vida e buscando o entendimento da causa da dor, é possível viver uma vida mais plena e saudável. A chave está em encontrar o equilíbrio certo entre o controle da dor, o cuidado com a saúde mental e a manutenção de uma rotina ativa e saudável.